Da saga de Ernesto, o Eremita: O alimento milagroso


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Ernesto vagava por uma humilde cidade do oriente médio, era de tarde, a rua estava repleta de habitantes, havia uma feira livre. Eis que Ernesto sente uma fome forte e repentina. 

“Comerei”, pensou ele. Eis que vê, com os olhos que um dia verão os portões do céu, uma tenda vendendo aperitivos salgados.
“Caro companheiro, estou com uma fome descomunal, o que tens tu para me oferecer de maneira que possa saciar essa minha urgência de alimento?”.

O velho homem que trabalhava na barraca se virou para ele, olhou em seus olhos, piscou o olho direito e disse: “Oh, nobre eremita, seis o que podes te fartar severamente! É uma nova receita que criei hoje e ninguém experimentou ainda! É algo milagroso!”

Ernesto ficou admirado, e com seu estômago urrando brutalmente, proferiu as palavras: “Nobre amigo, então é o que eu preciso! Me mostre esse alimento milagroso, essa dádiva, segundo o que dizes, quero saber se a verdade condiz com o que dizes.”

O velho vendedor pegou um grande guardanapo, enfiou a mão numa caixa humilde e de lá tirou o alimento fantástico, estendeu a mão para Ernesto, dizendo: “Aqui está, o chamo de Pastel Gigante de carne moída do oriente, prove e não se arrependerás!”

Ernesto olhou com curiosidade para aquela imensa forma retangular, segurou-a em suas mãos, sentiu o seu calor e sua gordura e deu uma mordida.

Sentiu imenso prazer com aquele Pastel Gigante do oriente.
Mas eis que nesse exacto momento uma turba feroz se comove, pessoas correndo enlouquecidamente, barracas indo ao chão, poeira indo aos céus. Ernesto sentiu o Apocalipse se aproximando. Procurou um abrigo atrás de um grande cesto de palha.

Momentos depois tudo havia se acalmado e Ernesto se levantou para ver o que havia acontecido. Um arrastão de fariseus da periferia havia tomado a localidade, agora devastada.
Ernesto quase derrama uma lágrima ao ver o velho vendedor deitado no chão, seu corpo deplorável, inerte.

Ele se aproxima e diz “Acorde, homem! És jovem para morrer, acabaste de criar um alimento milagroso, poderás ajudar muitos e ir aos céus com louvor”.
O homem, em seus últimos suspiros, lhe falou “Tome a receita – colocando um pedaço de papel com algumas anotações, no bolso do manto de Ernesto - , não posso mais prosseguir, é esse o meu fim. Mas não deixes que meu esforço seja vão no mundo; faça algo de bom com isso, mas use-o com responsabilidade....” E o velho encontrou seu fim...

Ernesto, emocionado, falou para os céus, para as árvores e para as montanhas: “Nobre ancião, tua descoberta não será vã! Criarei pastelarias por todo o mundo, semeando teus milagres cobrando preços baixos e acessíveis à todos, dos fartos de recursos aos mendigos, pobres e proletários".
E assim Ernesto, o Eremita, teve posse da primeira receita de Pastel Gigante do mundo.

Fonte: Extraido das tabuletas sagradas de Ernesto, o eremita.

Comentários

.:.A Luciana.:. disse…
Bond, eu te adoro kkkkkkkkkkkkkkkk.... você vai lendo o texto tão seriamente, quando chega na parte do pastel de carne e do arrastão dos fariseus. Fariseus! kkkkkkkk Fazendo arrastão! kkkkkkkkkkk... Não sei se era essa a intenção, mas eu rachei de rir.

Qualquer semelhança com as praias do RJ seria ou não seria mera coincidência? kkkkkk
Dan Silva disse…
Que bom que curtiu, Lu, kkkkkkkkkkkkk, viajei legal nas idéias, kkkkkkk.

Realmente a intenção era essa, kkkkk, mas eles não eram simplesmente fariseus e sim fariseus da periferia, mina, ta ligada nas quebradas, kkkkkkkkk.

Não existe semelhança com as praias do RJ, pelo menos não as aqui de perto de casa, kkkkkk, muito pelo contrário, já é raro achar outra pessoa na praia, kkkkk.

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